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Japão confirma candidatura de Nakao para ADB

23:49 | 06/03/2013
O ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, confirmou nesta quarta-feira a candidatura do vice-ministro de Finanças para Assuntos Internacionais, Takehiko Nakao, para o cargo de presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB, na sigla em inglês).

A posição foi aberta depois que o atual líder da instituição, Haruhiko Kuroda, decidiu renunciar ao cargo, pois foi indicado para a presidência do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).

"Nós já começamos a enviar cartas para os outros 66 países membros" do ADB pedindo apoio para Nakao, disse Aso em uma coletiva de imprensa.

Aso disse que vai "buscar um forte apoio de todos os países membros do ADB" para Nakao, a quem ele chamou de "candidato mais qualificado", com "o conhecimento amplo e em profundidade" da Ásia.

Perguntado se o Japão pode enfrentar críticas de outros membros do ADB sobre sua decisão de substituir Kuroda por uma razão interna, Aso disse: "Eu não acho que alguém vai fazer comentários como esse".

O foco agora reside sobre se qualquer um dos países membros do banco irá nomear candidatos próprios, algo que fontes do ADB disseram que nunca aconteceu desde a criação do banco em 1966. Analistas estão observando para ver se existem sinais de que o equilíbrio de poder na Ásia mudou desde que o Japão perdeu o status de segunda maior economia do mundo para a China em 2010.

Para o Japão, o ADB tem um papel semelhante ao do Banco Mundial para os EUA ou o Fundo Monetário Internacional para a Europa: uma plataforma de influência global. Os últimos oito presidentes do ADB foram todos japoneses.

As regras eleitorais do ADB parecem trabalhar a favor de Tóquio. Por exemplo, um candidato presidencial tem de ganhar mais de 50% dos votos combinados dos membros. Japão, EUA, nações da zona do euro, Austrália e Nova Zelândia juntos detêm 50,6% do poder de voto do ADB.

Nas eleições passadas, Tóquio procurou primeiro assegurar apoio dos EUA e do G-7, que são membros não-regionais do ADB, e então contatou outros grandes doadores do banco, como a China e Índia. As informações são da Dow Jones.

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