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IED do Brasil no Brics é o menor do bloco, afirma Unctad

16:56 | 25/03/2013
O País está na lanterna em termos de Investimento Estrangeiro Direto (IED) entre os países que integram o Brics, bloco formado, além de Brasil, por Rússia, Índia China e África do Sul. Mesmo com a internacionalização das companhias brasileiras nos últimos anos, o País é o que menos investe nas demais economias do grupo. Pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) revela que o estoque de IED brasileiro nos Brics somou apenas US$ 514,1 milhões em 2011. O valor corresponde a 5% do total chinês ou 3,3% do montante sul-africano aplicado no grupo.

A pesquisa da Unctad comparou o IED com origem e destino em cada uma das nações do Brics. O cruzamento de dados revelou que o Brasil é o menos ousado no investimento no grupo. Do estoque de investimento brasileiro nos demais Brics, a China recebeu quase todo o montante: US$ 447,5 milhões. A presença do capital brasileiro nos demais emergentes é quase insignificante: US$ 50,7 milhões na África do Sul, US$ 15,8 milhões na Índia e apenas US$ 100 mil na Rússia.

"O investimento brasileiro direto nos outros Brics é modesto. As relações comerciais são fortes com a China, mas foram basicamente impulsionadas pelo boom no comércio exterior de bens primários do Brasil para a China nos últimos anos", disse o estudo da Unctad. "A presença das companhias brasileiras é limitada e a principal atividade é a prestação de serviços, como financiamento, consultoria financeira e de comércio exterior, ou vendas e distribuição dos produtos", completou o documento.

O país do Brics com mais investimento no grupo é a África do Sul, dona de US$ 15,4 bilhões em IED nos grandes emergentes. Em seguida, aparece a China (US$ 9,5 bilhões), Índia (US$ 1,98 bilhão) e Rússia (US$ 1,14 bilhão).

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