A indústria paulista confirmou em janeiro o movimento de recuperação ensaiado em dezembro, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Na comparação com o mês anterior, a produção industrial avançou 1,6% em janeiro, após já ter aumentado 0,5% em dezembro.

"É o segundo resultado positivo consecutivo da indústria paulista nesse tipo de comparação, acompanhando o movimento já observado no total nacional. Em dois meses de expansão, São Paulo cresce 2%", ressaltou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

A região tem o maior peso sobre o total da indústria nacional, cerca de 40% da produção. Em janeiro, o total da indústria do País registrou avanço de 2,5% na produção ante dezembro.

"Na base de crescimento da indústria de São Paulo estão setores que também tiveram expansões importantes na indústria nacional, como o automobilístico, farmacêutico, refino de petróleo, materiais eletrônicos e equipamentos de comunicação, máquinas e equipamentos", enumerou Macedo. "São atividades que mostraram expansão no total nacional e que também tiveram resultado positivo na indústria paulista", acrescentou.

Na comparação com janeiro de 2012, a indústria paulista teve um crescimento de 5,3% em janeiro de 2013, no maior resultado desde fevereiro de 2011, quando teve expansão de 7,6%. A região ainda teve o principal impacto positivo sobre o avanço de 5,7% da indústria nacional no período.

"São Paulo, na comparação com janeiro de 2012, tem a maior parte dos produtos com taxa positiva. Isso é bem diferente do que vinha observando ao final do ano passado, quando tinha a maior parte dos produtos pesquisados com taxas negativas. Então, não só na indústria nacional, mas também na indústria paulista, o crescimento acabou não sendo concentrado em apenas alguns segmentos", notou o gerente do IBGE.

Em janeiro de 2013, 52% dos produtos fabricados em São Paulo registraram aumento na produção, com destaque para aviões, produtos farmacêuticos, refino de petróleo, automóveis, caminhões, telefones celulares e transmissores.