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Habitação faz meia-volta e apresenta inflação no IPC-S

09:24 | 18/03/2013
Desde a última quadrissemana de janeiro, quando já estava em vigor o corte na tarifa de energia, o grupo Habitação, analisado para calcular o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), registrava deflação. Pela primeira vez desde então, esta classe de despesa voltou ao terreno positivo, ao ficar em +0,04% na segunda quadrissemana de março ante a leitura imediatamente anterior, conforme divulgado nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O grupo Habitação, aliás, foi um dos dois únicos grupos, dos oito analisados, que apresentaram acréscimo em suas taxas de variação de preços na leitura atual e um dos responsáveis pelo avanço de 0,63% no IPC-S da segunda quadrissemana do mês, ante +0,52% na anterior.

A tarifa de eletricidade residencial, maior pressão negativa no índice, tem diminuído a queda desde a terceira quadrissemana de fevereiro, quando chegou a -17,24%. Na análise divulgada nesta segunda-feira pela FGV, o item marcou -4,99% ante -9,95% na primeira prévia do mês.

Também colaborou para o avanço do IPC-S a alta em Vestuário, que saiu de -0,06% para o terreno positivo, em +0,51%, justificada pelo item roupas (-0,18% para +0,58%). O grupo Alimentação registrou variação positiva de 1,39% na leitura atual, igual ao resultado da quadrissemana imediatamente anterior, mesmo com a desoneração da cesta básica já valendo. Frutas puxaram o grupo para cima, ao saírem de alta de 0,04% para 2,20% e, do outro lado, carnes bovinas saíram de -1,10% para -1,44%.

A maioria dos grupos registrou decréscimo em suas taxas de variação. Transportes desacelerou de 1,02% para 0,78%, com destaque para gasolina, que diminuiu a alta, de (3,89% para 2,88%). Também desaceleraram Educação, Leitura e Recreação (0,48% para 0,31%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,53%), Comunicação (0,50% para 0,40%) e Despesas Diversas (0,39% para 0,26%).

Para cada uma destas classes de despesa, a FGV destaca o comportamento dos itens: passagem aérea (-1,51% para -3,83%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,89% para 0,62%), tarifa de telefone residencial (1,25% para 0,95%) e cigarros (0,20% para 0,07%), respectivamente.

A gasolina continua liderando a lista de maiores pressões positivas no IPC-S, seguida de refeições em bares e restaurantes, que também desacelerou (de 1,25% para 0,93%), tomate (de 9,97% para 9,31%), empregada doméstica mensalista (de 1,56% para 1,35%) e aluguel residencial (de 0,65% para 0,68%). Já entre as maiores influências negativas, depois de tarifa de eletricidade residencial, vêm condomínio residencial (-1,73% para -0,65%), contrafilé (de -3,65% para -4,89%), licenciamento - IPVA (de -1,11% para -1,17% e passagem aérea (de -1,51% para -3,83%).

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