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China empossa novo gabinete formado por tecnocratas

14:15 | 16/03/2013
Um novo gabinete foi empossado na China neste sábado, composto basicamente por veteranos tecnocratas que têm como missão reformular a economia em desaceleração e buscar uma maior visibilidade global para o país. A cerimônia do Legislativo aprovou mais de 30 políticos, funcionários experientes e diplomatas de carreira que formarão o Conselho de Estado sob o governo do primeiro-ministro Li Keqiang, que foi nomeado na sexta-feira. As posses encerram, em grande parte, a transferência de poder que acontece a cada dez anos ano país.

O novo grupo assume num período de transições difíceis. Com o modelo econômico que levou a décadas de alto crescimento explosivo, o governo espera transformar a segunda maior economia do mundo com um crescimento autossustentável, com base no consumo doméstico e em indústrias de tecnologia, em vez de produtos de exportação intensivos em trabalho e investimento.

As novas autoridades empossadas neste sábado iniciaram suas carreiras quando a China estava voltando ao comércio e a política mundiais após décadas de isolamento.

"Eles terão uma visão mais racional e objetiva da China e do relacionamento entre China e o resto do mundo", disse Zhu Feng, professor de relações internacionais da Universidade de Pequim. "Isso significa que são mais cientes de como o mundo reage à China e que serão mais ativos em buscar mudanças. Isso é bom."

O enviado comercial Gao Hucheng, que é Ph.D. em Sociologia pela Universidade de Paris e trabalhou na Europa e na África, foi nomeado ministro do Comércio. O novo ministro de Finanças é Lou Jiwei, presidente do multibilionário fundo soberano do país, que é figura conhecida nos círculos financeiros internacionais. Sua indicação deve tranquilizar parceiros comercias e mercados financeiros a respeito da continuidade da política chinesa.

O presidente do banco central, Zhou Xiaochuan, foi mantido no cargo. Wang Yi, diplomata de carreira com experiência em algumas das mais difíceis questões diplomáticas do país, vai ocupar o Ministério de Relações Exteriores. Ex-embaixador no Japão, Wang trabalhou com os Estados Unidos nas negociações para o desarmamento da Coreia do Norte.

Para a pasta da Defesa, foi escolhido do general Chang Wanquan, soldado vindo de uma família de agricultores pobres que comandou o programa espacial tripulado do país.

No âmbito doméstico, a expectativa é que os novos líderes enfatizem os gastos sociais e outras medidas para dividir melhor a riqueza do país de forma mais equitativa e reduzir a diferença entre a elite rica e a maioria pobre do país.

Wang Yang foi nomeado vice-primeiro-ministro a cargo de assuntos econômicos. Ele conquistou a reputação de reformador liberal ao encorajar acordos durante greves de trabalhadores e após uma revolta numa vila de pescadores, quando governou a rica província costeira de Guangdong. As informações são da Associated Press.

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