BTG Pactual atua como 'BNDES privado', diz Esteves
"Grandes projetos de infraestrutura são sempre complicados. A MPX (setor elétrico) já gera energia. É um projeto que começou do zero e hoje é extremamente útil para o Brasil. Mesmo a OGX (petróleo), cuja produção de petróleo veio abaixo das expectativas do mercado e do grupo, realizou uma campanha de exploração de petróleo que nunca tinha sido feita por uma empresa privada no Brasil", comentou. "Faz parte do negócio de exploração achar mais ou menos petróleo. No Porto de Açu, há novas companhias se instalando e isso vai continuar durante décadas. Cada um desses projetos vai continuar em execução por muito tempo.
Questionado sobre como resolver a situação da OGX, que perdeu mais de R$ 47 bilhões em valor de mercado em um ano, Esteves comentou: "Obviamente a resposta é complexa. Quem investe em exploração de petróleo tem de estar preparado para altos retornos e eventuais decepções. Muito provavelmente o mercado de capitais ficou excessivamente otimista com as perspectivas da empresa e talvez a administração tenha se tornado excessivamente otimista".
O banqueiro, no entanto, garante que ainda existe muitas oportunidades no setor de petróleo no Brasil. "Está em curso a 11.ª rodada de concessões e ocorrem negócios constantes de blocos de petróleo. A OGX tem um corpo técnico bom. As oportunidades estão aí. Vai depender da gestão da companhia. Uma coisa que não vamos fazer e não temos capacidade de fazer é tirar mais petróleo do fundo dos poços. Se as ações vão valer R$ 2 ou R$ 5, não tem nada a ver com a nossa capacidade", acrescentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.