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Após salto em janeiro, consignado subiu 1% em fevereiro

13:27 | 26/03/2013
Depois da disparada de 32,9% em janeiro ante dezembro, o volume de concessões de crédito consignado se arrefeceu em fevereiro. A alta do mês passado foi de apenas 1,1% sobre janeiro, de acordo com dados do Banco Central. No primeiro mês do ano, a elevação foi puxada por todos os segmentos de clientes: aposentados e pensionistas do INSS (57%), trabalhadores do setor privado (38,6%) e servidores públicos (22,3%). Em fevereiro, apenas os beneficiários do INSS continuaram demandando esse tipo de empréstimo, com alta de 6,0%.

Já no caso dos trabalhadores privados, houve uma queda de 7,2% nessa base de comparação e, dos servidores públicos, recuo de 0,3%. Apesar desse arrefecimento, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, salientou que fevereiro conta com quatro dias úteis a menos do que janeiro e que, portanto, o resultado ainda pode ser visto como bom. "As concessões subiram muito em janeiro e tiveram resultado positivo em fevereiro. Mesmo com dias a menos, ainda tiveram alta", disse. "O fato é que o consignado continua ganhando espaço no conjunto de crédito das famílias", continuou.

Maciel disse que essa modalidade de financiamento corresponde a 68% do total do crédito pessoal no País. O volume de novos recursos emprestados por esse meio foi de R$ 11,564 bilhões em fevereiro, enquanto as demais modalidades do crédito pessoal chegaram a R$ 6,209 bilhões. Em termos de saldos, o crédito consignado somava R$ 195,543 bilhões em fevereiro e os demais R$ 91,561 bilhões no mesmo mês.

Exportações

O financiamento às exportações brasileiras passou de R$ 36,592 bilhões em janeiro para R$ 42,952 bilhões no mês passado. "Houve um aumento de R$ 6 bilhões, além de ACC", disse Maciel em relação ao Adiamento de Conta de Câmbio, cujo saldo passou de R$ 43,634 bilhões no primeiro mês de 2013 para R$ 42,952 bilhões em fevereiro.

Além das sazonalidades, no caso dos financiamentos, Maciel atribuiu o aumento do saldo do financiamento às vendas externas, a uma resolução do BC, de dezembro do ano passado, a 4.170, que regulamentou as operações de crédito para exportações, em especial de bens de capital. "Houve um favorecimento com o abatimento da exigibilidade dos depósitos à vista e os bancos fizeram operações que responderam por esse aumento no mês", avaliou.

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