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Acordo entre Brasil e China foca transações comerciais

13:42 | 26/03/2013
O acordo firmado nesta segunda-feira (25) entre o Brasil e a China para terem acesso a uma linha de financiamento total de US$ 30 bilhões tem como principal foco atender a operações comerciais entre os dois países. De acordo com a assessoria do Banco Central (BC) do País, o objetivo da medida é assegurar liquidez, caso necessário, entre as duas partes.

O pacto passa a valer imediatamente e deve vigorar por três anos. Na prática, nem o governo brasileiro, nem o chinês terão obrigação de tomar os recursos. Mas, se a gestão da presidente Dilma Rousseff desejar ter acesso àquela linha de financiamento, o dinheiro será emprestado em iuane (unidade monetária da China). Os juros que deverão ser pagos pelo empréstimo serão balizados pela Taxa Overnight Interbancária de Oferta de Xangai (Shanghai Interbank Offered Rate-Shibor). Essa taxa é calculada por uma média aritmética de cotações estabelecidas por 16 instituições financeiras chinesas. Por outro lado, caso a administração do presidente Xi Jinping deseje obter um custeio nas condições do entendimento, será concedido em reais, com juros demarcados pela Selic.

Os financiamentos deste acordo de swap (operação financeira) entre as duas nações poderão ter prazos de três ou seis meses e será possível renová-los. Os US$ 30 bilhões representam oito meses das exportações brasileiras para China ou dez meses das importações nacionais de produtos e serviços encomendados daquele país da Ásia.

Esta linha é diferente da firmada pelo Brasil com os Estados Unidos em 2008, que também envolvia um swap de US$ 30 bilhões, anunciada pelo BC brasileiro em 29 de outubro daquele ano. Na ocasião, o mundo mergulhava na pior crise internacional desde a Grande Depressão dos anos 1930. Os recursos daquele contrato firmado com o Federal Reserve (Fed) tinha como objetivo prover liquidez ao País, caso fosse necessário, para se proteger das turbulências nos mercados internacionais.

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