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Abeiva rebaixará projeção de vendas neste ano

12:16 | 18/03/2013
Após registrar queda de 27,5% nas vendas de veículos importados no primeiro bimestre de 2013 ante igual período de 2012, com o resultado indo para 15,8 mil unidades, a Associação Brasileira das Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) irá revisar para baixo, no próximo mês, a estimativa de comercialização para 2013. A projeção, feita em dezembro do ano passado e mantida até agora, aponta para alta de 17% entre 2012 e 2013 - um volume de 150 mil unidades.

"A previsão apontava para uma média mensal de 12,5 mil unidades vendidas, mas entre janeiro e fevereiro a média foi 7,9 mil", disse o presidente da Abeiva, Flavio Padovan. Segundo ele, a revisão para baixo nas previsões será pautada pelo desempenho do mercado de março. "Pode ser que haja uma recuperação dos importados neste mês, mas a previsão é que fiquemos abaixo de 150 mil no ano", avaliou o executivo.

A Abeiva espera que nos próximos meses haja um incremento nas vendas de importados com a ampliação de empresas do setor habilitadas ao novo regime automotivo, o Inovar-Auto, o que traz o benefício da queda de 30 pontos na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Com a inclusão da Audi, 12 empresas já foram habilitadas pelo governo federal para o Inovar-Auto e terão a alíquota menor até uma cota de 4,8 mil unidades/ano por empresa.

"O efeito das cotas deve ocorrer nos próximos meses, pois foi preciso ajustar o volume de veículos com as matrizes durante o processo de habilitação", disse Padovan. "No entanto, o teto de 4,8 mil veículos por ano para montadoras como Kia, que já vendeu 70 mil unidades por ano, Chery e JAC Motors, trará uma reação limitada", disse Padovan.

O executivo avaliou que muitas importadoras gostariam de instalar fábricas no Brasil, mas ainda postergam a decisão "porque as regras não estão totalmente claras ainda". No entanto, a Abeiva defende a regulamentação criada pelo governo. "Estávamos pensando em fechar o setor de importados há um ano, quando não havia regras, o que não acontece agora", afirmou Ricardo Strunz, diretor financeiro da Abeiva.

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