Portuários deixam navio chinês ocupado em Santos
Em comunicado oficial, a Embraport informou que "é absolutamente infundada a alegação de que teria contratado profissionais chineses para o desembarque e a montagem dos equipamentos de seu terminal". A reclamação dos sindicalistas era de que chineses, que vieram no navio, trabalhariam no País para que os equipamentos fossem descarregados e montados. Segundo a empresa explicou em nota, os procedimentos seriam realizados pelo fabricante dos equipamentos e seus funcionários, "conforme exigência contratual do fornecedor".
Para solucionar o impasse gerado pela ocupação do navio, contudo, a Embraport vai contratar uma equipe de trabalhadores avulsos, pelo cadastro do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), para o desembarque dos equipamentos. De acordo com o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, Rodnei Oliveira da Silva, o Nei, os chineses não realizarão o desembarque dos produtos. "O mais importante é que a empresa vai se reunir com os sindicalistas posteriormente para firmar um acordo coletivo de trabalho", disse Nei.
A ação faz parte também dos protestos de portuários contra a Medida Provisória 595, a MP dos Portos, que muda as regras do setor portuário, abrindo para a iniciativa privada a exploração dos terminais. O navio chinês ocupado pelos sindicalistas transportava equipamentos que serão utilizados na operação do novo terminal da Embraport no Porto de Santos. Líderes sindicais ligados aos portos de todo o País estão reunidos em Brasília nesta semana para definir uma agenda de mobilizações contra a MP 595.