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Política monetária do Japão não deve trazer preocupação

10:51 | 12/02/2013
O ministro de Finanças do Japão, Taro Aso, elogiou nesta terça-feira o mais recente comunicado do grupo das sete economias mais industrializadas do mundo (G-7), dizendo que o restante do grupo entende que Tóquio não está tentando manipular a taxa cambial do iene para tirar vantagem das exportações.

"Tem havido opiniões de que nossas medidas contra a desaceleração econômica provocada pela deflação visam alterar as taxas de câmbio", afirmou Aso a repórteres. "Mas esse não é o caso, e restante das nações (do G-7) entendeu corretamente isso. Nesse sentido, o último (comunicado) é significativo", disse.

"O Japão, que tem um Banco Central estável e um governo estável, deve fazer declarações claras em um momento como esse, ou desnecessariamente dará ao restante do mundo um motivo de preocupação sobre os aspectos das políticas econômicas e monetárias. Queremos evitar isso a qualquer custo, e é esse o papel que devemos desempenhar", acrescentou o ministro.

Separadamente, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, encorajou, em declaração, as maiores empresas do país a aumentar os salários dos seus funcionários, em um esforço para quebrar o ciclo de pessimismo que tem dificultado o crescimento econômico do país. "Finalmente estamos vendo sinais de esperança" na economia, afirmou Abe às principais organizações do país.

Empresários, que reagiram com entusiasmo ao enfraquecimento do iene, deram uma resposta bem mais fria à última iniciativa de Abe. Ainda assim, há sinais de que a campanha de Abe está funcionando, pelo menos com alguns empresários.

A rede de varejo Lawson anunciou na semana passada que elevará em quase 3% a remuneração - por meio de bônus, não aumentos salariais - de cerca 3.300 funcionários em período integral na faixa de 20 a 40 anos de idade a partir de abril. A medida é uma resposta às políticas implementadas pelo premiê. Um porta-voz da empresa não soube especificar a última vez que a companhia concedeu tal benefício aos empregados. As informações são da Dow Jones.

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