A indústria brasileira perderá ao longo de 2013 cerca de R$ 42,2 bilhões devido aos oito feriados nacionais e 24 estaduais que ocorrerão nos dias de semana. O valor equivale a 3,5% do Produto Interno Bruto Industrial (PIB) de R$ 1,19 trilhão. Os dados fazem parte do estudo “O Custo Econômico dos Feriados”, divulgado nesta segunda-feira, 18, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

No Ceará, que terá apenas um feriado estadual e nacional em dia de semana, o valor perdido será na ordem de R$ 745 milhões, o que poderá representar uma diminuição de 3,6% do PIB industrial do estado. De acordo com o estudo, o estado de São Paulo poderá ter a maior perda totalizando R$ 14,8 bilhões, seguido de Rio de Janeiro (R$ 5,2 bilhões), Minas Gerais (R$ 4,2 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 3,02 bilhões).

Para Pedro Jorge Viana, coordenador da Unidade de Economia e Estatística da Federação Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), o impacto dos feriados nos resultados do PIB industrial depende muito do tipo de produção industrial. Ele afirma que os prejuízos na indústria de transformação, por exemplo, são muito maiores que os sentidos na indústria de commodities, cuja produção independe dos feriados na semana.

O estudo aponta que com apenas um feriado em dia de semana, 16 estados brasileiros têm perda estimada em 3,6% do PIB industrial. Segundo a Firjan, Projeto de Lei nº 2.257 de 2011 que desloca para segunda-feira ou sexta-feira os feriados que caírem em dias de semana podem reduzir os “enforcamentos” ou pontos facultativos e “teria desdobramentos positivos sobre a competitividade da indústria brasileira”, conclui o estudo.

Soluções
Na opinião do economista Mário Monteiro não será as troca nos dias dos feriados que resolverão os problemas da indústria nacional. E a competividade do setor industrial brasileiro só poderá ser estimulada pela qualificação da mão de obra. “Isso sim poderia resolver nossos problemas”, ressalta, reforçando que a discussão é um tanto óbvia e se trata de uma questão sócio política e não apenas econômica.

Divulgado desde 2008, o estudo considera, através de sua metodologia, que o PIB (Produto Interno Bruto) Industrial diário como o valor máximo que poderia ser perdido pela indústria com um dia paralisado. Com informações da Folha de São Paulo.

Redação O POVO Online