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Governo fecha acordo com trabalhadores dos portos

15:59 | 22/02/2013
O governo e representantes dos trabalhadores do setor portuário fecharam nesta sexta-feira, 22, acordo para suspender as greves nos portos do país até o próximo dia 15 de março, período em que serão negociadas alterações na Medida Provisória (MP) 595/2012, que estabelece novo marco regulatório para o setor.

A negociação, encerrada há pouco, no Palácio do Planalto, foi feita pelo ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino. Segundo ele, o governo concordou em suspender licitações dos portos até a data acordada com os trabalhadores, apesar de garantir que não havia licitações previstas até lá. No entanto, Cristino disse que os estudos para o início desse processo estão mantidos.

O ministro não descartou mudanças no texto da MP e afirmou que apesar de o governo não possuir intenção de mudar a essência do texto, está aberto à negociação. Os representantes dos trabalhadores comemoraram o resultado da greve de hoje e consideraram a paralisação essencial para a abertura de negociações com o governo.

Com o acordo, está suspensa a paralisação prevista para a próxima terça-feira, 26, conforme estratégia que havia sido aprovada pelos trabalhadores para pressionar o governo. A próxima rodada de negociação ocorrerá na próxima sexta-feira, 28, com a participação do relator da MP, senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

Mais cedo, trabalhadores do Porto de Santos, o maior terminal do país, impediram embarques de produtos - como soja, açúcar e itens siderúrgicos - em protesto contra a MP 595/2012, iniciado às 7h. De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), dos 26 navios atracados, 17 deixaram de carregar e descarregar mercadorias por causa da manifestação.

No Rio de Janeiro, os portuários fizeram uma grande manifestação que parou o trânsito, durante toda a manhã, na zona portuária da cidade. Ontem (21), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) proibiu os portuários de interromper as atividades, sob multa diária de R$ 200 mil. No entanto, os trabalhadores informaram não ter conhecimento da decisão e deram continuidade ao ato. Com informações da Agência Brasil.

Redação O POVO Online

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