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FGV: indústria se recupera devagar neste começo de ano

13:21 | 21/02/2013
A indústria está perdendo o fôlego neste início de ano. A percepção sobre a atualidade sugere uma confiança abalada, conforme a prévia da Sondagem da Indústria de fevereiro, que recuou 0,4% ante o mês anterior. "A indústria continua se recuperando em um ritmo lento e as expectativas não estão extremamente otimistas", afirmou nesta quinta-feira o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Aloisio Campelo.

A avaliação do economista é que, desde abril de 2011, a indústria nacional não retomou uma confiança condizente com a de um cenário de atividade mais intensa, correspondente a 110,0 pontos, segundo o Índice de Confiança da Indústria. Segundo a prévia, em fevereiro, foram registrados 106,1 pontos. "A gente nota que, no período pré-crise de 2008, o índice oscilava de 113 a 114 pontos. Quando a recuperação está consolidada, o Índice de Expectativa (IE) para de crescer e o Índice de Situação Atual (ISA) fica em um patamar alto. Não é o que está acontecendo agora", ressaltou Campelo. A prévia de fevereiro da sondagem registrou uma queda do ISA de 0,7% e o IE ficou em 0,0%.

O grande diferencial neste mês, disse Campelo, foi a aproximação da confiança da indústria de bens duráveis à de outros segmentos, como de bens de capital. "Em um momento ruim, a categoria de duráveis estava com a confiança lá em cima e a de bens de capital, lá em baixo. O setor de bens de capital recuperou um pouco em dezembro e janeiro e, agora, acomodou, aproximando-se mais da média. Em contrapartida, os duráveis estão fora da média", detalhou Campelo.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) cedeu 0,3 ponto porcentual, alcançando 84,1 pontos e retrocedendo ao patamar de dezembro, após ter avançado em janeiro. "Isso demonstra que a indústria ainda não está decolando", avaliou o economista do Ibre/FGV.

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