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Exportações do setor de máquinas e metal-mecânico cearense registram alta em janeiro

De acordo com o estudo Ceará em Comex, os percentuais das exportações cearenses tiveram aumento de 563% passando de U$$ 497.404 em 2012 para U$$ 3.165.667 em 2013

17:38 | 15/02/2013
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As exportações do setor de máquinas e metal-mecânico cearense, no último mês de janeiro, apresentaram aumento de 536% em relação ao mesmo período de 2012. Com o percentual, o setor passa de U$$ 497.404 em 2012 para U$$ 3.165.667 em 2013. Os dados fazem parte do Ceará em Comex, estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).

Já a balança comercial cearense em 2013 registrou um saldo deficitário de aproximadamente US$ 100 milhões. No Brasil, esse déficit é de cerca de U$$ 4 bilhões. A participação cearense nas exportações e importações do país caiu em relação ao ano passado, assemelhando-se respectivamente aos valores observados em 2009 e 2010.

Mas o déficit no saldo da balança também foi registrado em todo o Nordeste. Segundo o estudo, a região exportou menos 12% em janeiro de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com o levantamento, 50% do valor exportado veio dos setores de calçados e frutas, que respectivamente foram de U$$ 34.723.007 e U$$ 15.479.057de um total exportado de U$$ 105.366.754. Entre os principais destinos dos produtos cearenses estão os Estados Unidos e União Europeia, que juntos respondem por pouco mais de 60% do valor exportado pelo estado.

Mas o déficit no saldo da balança também foi registrado em todo o Nordeste. Segundo o estudo, a região exportou menos 12% em janeiro de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado.

Análise
Para Ricard Pereira, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico do Estado no Ceará (SIMEC), a formação de estoque do comércio com o último mês de redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) somado à queima de estoque dos produtos da indústria podem ter influenciado os resultados do setor metal-mecânico.

Entretanto, ele afirma que as cifras apresentadas pelo setor não necessariamente reflete um crescimento “assustador” do segmento. Representa, por outro lado, que a recuperação da produção industrial começa a retomar o fôlego para os próximos meses.

A consolidação desse cenário dependerá, de acordo com Ricard, da forma como o governo irá tratar a questão tributária no País. Ele destaca a redução do IPI como importante medida de incentivo ao setor. Um complicador, reforça Ricard, seria a volta das alíquotas dos impostos assumidos pelo governo. “Caminhamos para um mês de negociação salarial e os custos irão aumentar”, projeta.

Daniel Silva

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