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Contra MP, portuários planejam paralisação na sexta

16:15 | 19/02/2013
Dirigentes de sindicatos de trabalhadores nos portos e os deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, e Márcio França (PSB-SP) se reuniram com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), em busca de apoio nas negociações da medida provisória que muda as regras do sistema de portos no Brasil. Os trabalhadores preparam uma greve nacional nos portos caso não sejam feitas mudanças no texto encaminhado pelo governo ao Congresso. Os sindicalistas afirmam que os trabalhadores perderão direitos e há ameaça de desemprego no setor com as novas regras.

Os trabalhadores do Porto de Santos, em São Paulo, marcaram paralisação de seis horas na próxima sexta-feira (22). "Estamos nos mobilizando para uma greve geral por tempo indeterminado na semana de votação da MP", disse o deputado Paulinho. Segundo o deputado e presidente da Força Sindical, a votação deve acontecer por volta do dia 21 de março.

O presidente da Câmara se dispôs a patrocinar um encontro entre o relator da MP na comissão mista especial, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e os sindicalistas, no qual os trabalhadores pretendem sensibilizá-lo em torno da necessidade de alteração no texto.

Paulinho afirmou que a invasão ao navio de Xangai por um grupo de trabalhadores do Porto de Santos mostra que eles vão resistir às mudanças. De acordo com Paulinho, o navio chinês trouxe para o Brasil equipamentos para a empresa privada Embraport, que pretende operar no porto, e mão de obra chinesa para descarregar a carga. "Eles não tinham visto para entrar no Brasil nem visto de trabalho no Brasil", afirmou. Até por volta das 15h30 da tarde desta terça-feira, o protesto continuava sem perspectiva de os trabalhadores deixarem a embarcação.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai se pronunciar sobre a paralisação de seis horas, prevista para sexta-feira, no Porto de Santos. A assessoria disse que é uma "posição unilateral da empresa não se posicionar sobre especulações".

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