Contra MP, portuários planejam paralisação na sexta
Os trabalhadores do Porto de Santos, em São Paulo, marcaram paralisação de seis horas na próxima sexta-feira (22). "Estamos nos mobilizando para uma greve geral por tempo indeterminado na semana de votação da MP", disse o deputado Paulinho. Segundo o deputado e presidente da Força Sindical, a votação deve acontecer por volta do dia 21 de março.
O presidente da Câmara se dispôs a patrocinar um encontro entre o relator da MP na comissão mista especial, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e os sindicalistas, no qual os trabalhadores pretendem sensibilizá-lo em torno da necessidade de alteração no texto.
Paulinho afirmou que a invasão ao navio de Xangai por um grupo de trabalhadores do Porto de Santos mostra que eles vão resistir às mudanças. De acordo com Paulinho, o navio chinês trouxe para o Brasil equipamentos para a empresa privada Embraport, que pretende operar no porto, e mão de obra chinesa para descarregar a carga. "Eles não tinham visto para entrar no Brasil nem visto de trabalho no Brasil", afirmou. Até por volta das 15h30 da tarde desta terça-feira, o protesto continuava sem perspectiva de os trabalhadores deixarem a embarcação.
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai se pronunciar sobre a paralisação de seis horas, prevista para sexta-feira, no Porto de Santos. A assessoria disse que é uma "posição unilateral da empresa não se posicionar sobre especulações".