Metalúrgicos entrarão em greve, se GM não fizer acordo
Na assembleia, os metalúrgicos aprovaram ainda a proposta negociada com a GM, que inclui flexibilização de jornada e de salários na linha de montagem, em troca da manutenção do emprego. A proposta, apresentada na quarta-feira (23), está em avaliação pela montadora e uma reunião final acontecerá no sábado (26).
Dos 1,5 mil metalúrgicos, 800 estão com os contratos de trabalho suspensos. O impasse entre a GM e os trabalhadores começou em meados do ano passado, quando a companhia anunciou o fim da produção dos modelos Corsa, Meriva e Zafira na linha de montagem e só manteve a fabricação do Classic. Sem projetos para novos modelos, a linha deverá ser desativada, com a opção pela importação do Classic.
Os trabalhadores querem ainda que o governo edite uma medida provisória proibindo que empresas beneficiadas por incentivos fiscais façam demissões. A GM é beneficiada, juntamente com outras montadoras nacionais, pela redução de Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos.
"Se não houver acordo com a GM, a responsabilidade pelas demissões será da empresa e também da presidente Dilma. A presidente não pode ficar simplesmente assistindo a essa grave situação e não tomar nenhuma providência", informou, em nota, o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá. Além do Classic, o complexo industrial da GM na cidade paulista produz os modelos S10, Trailblazer e motores e transmissões para veículos.
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