Indicador da produção industrial para trimestre cai
De acordo com o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), Aloisio Campelo, apesar da queda, o indicador se mantém em patamar alto. A média histórica recente é de 127 pontos. "Parte do que foi previsto em dezembro pode ter sido esse crescimento (de produção) de janeiro (refletido pelo aumento no NUCI). Ainda está alto em termos históricos", comentou o economista.
Materiais de transporte vêm registrando quedas na produção prevista para os próximos três meses desde outubro (137,5 pontos), chegando aos 120,7 pontos em janeiro. O segmento, que faz parte do setor de bens duráveis, é um dos responsáveis pela queda na produção prevista, que, segundo Campelo, é um "ajuste". O setor de bens duráveis saiu de 137,4 pontos em outubro para 120,0 neste mês. Em janeiro, contudo, o indicador teve avanço na comparação com dezembro (113,2 pontos). "A alta de janeiro é uma acomodação para cima que pode ter a ver com a decisão do governo de fazer a retirada do benefício do IPI gradualmente", disse.
A produção prevista para os bens não duráveis subiu de 143,7 pontos em dezembro para 146,6 pontos em janeiro. Os bens de capital também registraram avanço: de 123,7 pontos em dezembro para 137,8 pontos em janeiro. Os intermediários passaram de 128,9 em dezembro para 124,8 em janeiro.
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