FGV mantém previsão de IPC-S de 1% em janeiro
Picchetti destacou, entre as influências positivas para o ganho de ritmo da inflação, o comportamento de cursos formais, cigarros e alimentos in natura. Curso de ensino fundamental subiu de 2,19% para 5,21% e curso de ensino superior, de 1,44% para 2,99%, pesando para a trajetória de alta do grupo Educação, Leitura e Recreação (de 1,26% para 2,09%). Cigarros (de 5,09% para 7,22%) puxaram a inflação de Despesas Diversas (de 2,20% para 3,24%). E, entre os in natura, o pesquisador da FGV enfatizou o movimento de Hortaliças e Legumes (de 5,35% para 11,20%) contribuindo para a pressão de Alimentação (de 1,57% para 1,78%). Dentro deste subgrupo, chamaram a atenção as elevações de Tomate (16,31%), Batata-inglesa (16,62%) e Alface (8,15%), entre outros.
De acordo com o economista, enquanto as pressões de aumento dos cursos e dos cigarros já estavam nas contas, o desempenho dos in natura foi a surpresa. "É o clima. É o que acontece essencialmente em janeiro, com chuvas demais, e às vezes de menos, a afetar a oferta, mas dificilmente conseguimos mensurar. A depender de como isso evoluir, pode mexer com nossa previsão de 1% para o mês", disse.
Pelo lado benigno, Vestuário (de 0,64% para 0,13%) desacelerou a alta em razão das tradicionais liquidações após as festas de fim de ano, comentou Picchetti.
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