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Economistas projetam taxa de juros estável

10:39 | Jan. 16, 2013
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A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) segue até esta quarta-feira, 16. A expectativa dos economistas é de que a taxa básica de juros (Selic) permaneça em 7,25% ao ano, pelo menos no primeiro semestre deste ano, com possibilidade de cair a 7% no segundo semestre, se a economia não der sinais de recuperação.

O economista e professor do MBA Gestão de Risco da Trevisan Escola de Negócios, Cláudio Gonçalves, disse acreditar que a taxa Selic deve ser mantida em 7,25% no primeiro semestre de 2013. “A taxa básica de juros deve ficar em 7,25% no primeiro semestre. Para o segundo semestre, o Copom deve baixar a taxa para 7,0% se a economia não tiver demostrado sinais de crescimento. Caso a economia tenha se recuperado, pode-se esperar uma Selic constante em 7,25% por todo o ano”, avalia.

Já o coordenador de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM), Reginaldo Gonçalves, explicou que é coerente baixar a taxa de juros para manter o consumo. No entanto, segundo ele, a inflação em ritmo de elevação já preocupa. "Embora o governo já se prepare para uma situação econômica mais complexa, onde a redução dos juros para o patamar de 7% talvez fosse coerente para aumentar o consumo, infelizmente a taxa projetada de inflação já vem demonstrando que outras estratégias emergenciais terão que ser tomadas".

Gonçalves explicou que o aumento da gasolina e seus derivados, que estão sendo programados para a semana que vem, em torno de 7%, poderá haver um impacto significativo sobre a produção e comercialização dos produtos e, por consequência, o retorno da inflação que está sendo projetada para esse ano em patamares que giram próximo a 5,5%.

"Por prudência, a equipe econômica deverá manter a taxa Selic em torno de 7,25% ao ano. Mas fatores externos e a situação interna que o País está vivendo deverá trazer modificações no curto prazo para retomar as metas do PIB e Superávit Primário", analisou.

Segundo o professor, estímulo à produção, redução dos custos logísticos e corte de gordura no orçamento poderão ser os mecanismos utilizados pelo governo para atingir as metas de forma a não prejudicar os investimentos em áreas prioritárias.

Redação O POVO Online

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