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Brasil utiliza mais energia para produzir do que outros países do continente

De acordo co ma Comissão, quantidadede enérgia (renovável ou não) necessária para produzir uma unidade monetária de produção na América Latina caiu de 1,42 para 1,28
17:51 | Jan. 15, 2013
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Países da América Latina e Caribe requerem cada vez menos energia para produzir, enquanto no Brasil a tendência é diferente, indicam dados do Anuário Estatístico da América Latina e Caribe 2012. De acordo com dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) mostra que, entre 1990 e 2011, a quantidade de energia (renovável ou não) necessária para produzir uma unidade monetária de produção caiu de 1,42 para 1,28, na região.

No Brasil, esse indicador subiu de 1,38 para 1,42. Na Argentina o índice reduziu de 1,99 para 1,59. O mais elevado da região foi registrado em Trinidad e Tobago, com 5,03, em 2011, sendo que em 1990 era 3,58.
O indicador da Cepal é calculado com base no coeficiente de consumo total de energia e o PIB em dólares a preços constantes de 2005.

O Anuário Estatístico também traz outros indicadores sobre desenvolvimento econômico, social e ambiental dos países da América Latina e Caribe e está disponível desde a última quinta-feira (10) na internet. De acordo com a Cepal, a relevância desse indicador está no fato de que o aumento do consumo energético para alcançar um Produto Interno Bruto (PIB) maior se traduz em mais pressão sobre os recursos naturais.

O diretor da Divisão de Recursos Naturais e Infraestrutura da Cepal, Hugo Altomonte diz que não se pode afirmar concretamente que a intensidade energética do Brasil tenha crescido substancialmente. Pode-se afirmar que permaneceu aproximadamente constante, pois os valores encontrados e os supostos crescimentos estão no limite do estatisticamente significativo.

Para Altomonte, deveria se questionar por que a intensidade energética do Brasil não baixou quando isso ocorreu em outros países da região. Ele aponta com um dos fatores a falta de compatibilidade existente na participação de alguns setores na economia nacional.

“Embora o setor de transportes e comunicações tenha se mantido quase constante em relação à sua participação econômica no PIB agregado, representando aproximadamente 7,5% do total, a participação deste setor no consumo final de energia, cresceu nos últimos seis anos em torno de 3,6 pontos percentuais”.

Isso significa, de acordo com Hugo Altomonte, que a relação entre o consumo energético do setor e seu nível de atividades cresce em termos relativos, afetando o valor da intensidade energética quando se somam todos os setores.

Outro fator determinante, na opinião de Altomonte, é o forte crescimento que tiveram nos últimos anos outros setores produtivos energético-intensivos, como o setor de construção (que cresceu 11,6% em 2010, com relação ao ano anterior). Com informações da Agência Brasil.

Redação O POVO Online

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