O mês de dezembro deve ser bastante aquecido para o comércio cearense. A previsão no aumento das vendas para o final do ano de 2012 em relação a 2011 ficou na margem de 9,5%. O índice representa expectativa de que as compras movimentem R$ 230 milhões no comércio local e reafirma a posição das festas de Natal e Revéillon como o melhor período para o setor varejista. O resultado faz parte da Pesquisa sobre o Potencial de Compras para o Natal de Fortaleza 2012, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC).

De acordo com a pesquisa, mais da metade dos consumidores de Fortaleza, 60, 7%, pretendem fazer compras natalinas. O resultado superou a marca de 2011 que foi de 57,4%. Para Luiz Gastão, presidente da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo (Fecomércio-CE), o principal objetivo do estudo foi orientar e mostrar as perspectivas do comércio cearense neste final de ano. “A pesquisa pretende mostrar quais os itens que mais estão presentes na escolha do consumidor”.

As mulheres (62,2%) continuam liderando as intenções de compra, segundo o levantamento. Os produtos mais procurados por elas são: vestuários, calçados, perfumaria e eletroeletrônicos, como celulares, computadores e aparelhos de DVD. Já entre os produtos mais citados na entrevista, os artigos de vestuário possuem de 60,4% do público masculino. Esse nicho, de acordo com o levantamento, possui idade acima de 35 anos (58,0%) e com renda familiar superior a cinco salários mínimos (71,6%).

Mas o consumidor cearense está mais consciente, segundo números do estudo. Os dados da pesquisa trazem que pelo menos 75, 0% das respostas indicavam a compra à vista como modalidade de pagamento preferida. Segundo Luiz Gastão, o indicativo é real e evidencia uma tomada de consciência por parte do consumidor fortalezense. “A população tem utilizado a compra à vista neste período principalmente para evitar iniciar o ano subsequente endividado e controlar sua carga de endividamento”, afirma Gastão.

As compras no cartão, entretanto, foram citadas com 38,7% das respostas. O quadro, segundo a pesquisa, aponta que o financiamento ainda é uma ferramenta que pode alavancar as vendas. Luiz Gastão afirma não ser possível prever cenários para as vendas nos primeiros meses de 2013, mas considera perspectiva de que a tendência seja de crescimento.
A indefinição vai ao encontro dos 9,5 % dos entrevistados que ainda não decidiram sobre as compras de dezembro, o que pode vir a ampliar o impacto da própria data para a economia da capital.