Medidas cambiais atingem empréstimo externo e exportação
Em relação às vendas externas, a maior queda (-21% ou US$ 9,8 bilhões) foi justamente nas operações de pagamento antecipado (PA), que foram ampliadas na terça-feira de um para cinco anos.
No segmento financeiro, a queda foi de 56% nos 11 meses. Neste caso, os dados detalhados disponíveis, somente até outubro, mostram que a conta de serviços e rendas ajudou a aumentar o saldo cambial, com US$ 8 bilhões a mais neste ano, por causa da queda nas remessas líquidas de lucros e dividendos.
Já os investimentos estrangeiros totais, que incluem empréstimos, recuaram quase US$ 26 bilhões em dez meses. O investimento em ações no País caiu aproximadamente US$ 2,5 bilhões, enquanto as aplicações em títulos cresceram mais de US$ 5 bilhões.
Os empréstimos externos de médio e longo prazo, que hoje ganharam um incentivo com a revisão da cobrança de IOF, caíram 70%, uma redução de US$ 27,5 bilhões até outubro. Entram ainda nessa conta aplicações em papéis brasileiros no exterior, que não impactam o fluxo e empréstimos de curto prazo, que caíram US$ 700 milhões.