Ibevar prevê expansão do varejo em 7,5% este ano
Segundo o especialista, o bom desempenho do varejo neste ano ocorrerá pela performance das vendas até o terceiro trimestre, já que o Natal deverá ser mais fraco do que o de anos anteriores. "No ano, até o terceiro trimestre, as vendas foram boas porque houve desoneração da folha de pagamento para alguns segmentos; redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos e carros; e queda na taxa básica de juros", explicou.
"Mas o que estamos vendo agora é uma desaceleração das motivações de compra. O comprometimento da renda ainda mantém-se elevado e não há um movimento da redução na taxa de inadimplência", completou Felisoni.
Para 2013, a expectativa do presidente do Ibevar é mais pessimista. Ele acredita que não haverá condições políticas para manter as medidas de estímulo ao consumo, como a redução do IPI, e a taxa de juros irá subir novamente. "O governo também tem demonstrado preocupação em investir mais para estimular os investimentos privados", declarou. "O desempenho geral do varejo vai depender muito das vendas dos supermercadistas, dos alimentos, que representam 50% do varejo total. Sem as medidas de estímulo ao consumo, a performance do varejo sofrerá um 'baque' e o crescimento desacelerará para entre 3% e 5%", estimou.
O especialista ainda comentou que as ações do governo, em geral, são pontuais. "O Brasil precisa melhorar seus investimentos, infraestrutura. O Brasil é uma oportunidade, mas é necessário criar as condições favoráveis."