O menor nível de crescimento da economia brasileira preocupa o setor de construção civil, adverte o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Cláudio Bernardes. "As perspectivas para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2012 não são animadoras", declarou o executivo nesta quarta-feira, durante debate sobre as perspectivas para o Brasil e o mercado imobiliário, em evento da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci-Brasil) e o Secovi-SP.

"Se a economia vai bem, o mercado imobiliário vai bem", completou Bernardes, questionando a capacidade do governo federal em estimular o crescimento da economia, além dos efeitos da crise internacional sobre o Brasil.

Em relação ao pacote de incentivos anunciado na terça-feira (04) pelo governo para o setor da construção, Bernardes classificou as medidas como "interessantes" e estimou que os efeitos serão positivos. Ele elogiou a redução do Regime Especial de Tributação (RET) de 6% para 4%, além da ampliação de R$ 85 mil para R$ 100 mil da faixa de imóveis econômicos beneficiados pelo "RET Social", com alíquota de apenas 1%.

Em relação ao recolhimento da contribuição previdenciária, que passará a ser de 2% sobre o faturamento ao invés de 20% sobre INSS, Bernardes afirmou que ainda estuda o impacto sobre o setor. "Não fizemos avaliação específica do efeito da desoneração sobre a folha de pagamento. Pode ser bom, mas pode ser ruim também. Vai depender das empresas e do nível de terceirização."