Desoneração não deve reduzir preços no varejo, diz CNDL
"Diferentemente da indústria, o comércio sente mais o peso do (custo do ) produto, que vem da indústria, do que o da mão de obra. O repasse da desoneração não deve ser tão grande, mas a medida mantém a capacidade do empresário de investir. Este é o principal ponto", defendeu.
Mais do que agradar varejistas e incentivar o consumo, Pellizzaro acredita que a ação do governo no IPI tem como objetivo evitar "um choque pesado" de inflação no primeiro bimestre do ano por causa do aumento de combustíveis e do salário mínimo em janeiro, que passa a pesar a partir de fevereiro. Se somar a isso o aumento do retorno dos impostos, o Brasil poderia sofrer. A medida é, portanto, inteligente, pois agrada o setor e preserva o controle da moeda brasileira."
Pellizzaro não acredita que as medidas anunciadas hoje possam levar os consumidores a prorrogar sua decisão de compra para o futuro e gerar impacto negativo sobre as vendas de Natal. "O Natal tem força própria de vendas, estímulo próprio. Isso não vai desanimar o consumidor", previu.