Custo de vida em SP ainda afeta mais os de menor renda
Para os paulistanos de nível intermediário e alto de rendimentos, a inflação acompanhou o índice geral, em 0,57% em novembro. Em relação a outubro, a desaceleração foi de 0,37 ponto porcentual no estrato intermediário e de 0,13 ponto porcentual para os mais ricos.
De acordo com o Dieese, o primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49); e o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17). Já o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).
O impacto do aumento na Alimentação foi mais sentido pelas famílias mais pobres. Para este segmento, a inflação dos alimentos contribuiu com 0,39 ponto porcentual para o índice total. Nos segmentos intermediário e alto, a contribuição do grupo no índice foi de 0,32 ponto porcentual e 0,26 ponto porcentual, respectivamente.
O aumento na Saúde, por sua vez, teve maior impacto nas famílias de rendimento mais alto, pois o grupo gasta mais com seguros e convênios médicos, de acordo com o Dieese. Para este segmento, a inflação da Saúde contribuiu com 0,23 ponto porcentual para o índice total. No grupo intermediário, a contribuição da Saúde na inflação foi de 0,17 ponto porcentual. No grupo de famílias mais pobres, a contribuição foi de 0,13 ponto porcentual.
Nos últimos 12 meses, o custo de vida acumula alta de 7,03% para as famílias paulistanas mais pobres, maior do que o índice total (6,48%). Os demais estratos registraram alta de 6,37% no período. No acumulado do ano até novembro, o índice geral acumula alta de 5,95%. Os mais pobres continuam sendo os mais afetados, acumulando alta de 6,47%. O nível intermediário e o de renda mais alta acumulam, respectivamente, 5,80% e 5,88%.