Confiança do consumidor recua pelo 3º mês seguido
Na passagem de novembro para dezembro, o item "situação financeira atual da família" caiu 3,7% e, comparado a dezembro do ano anterior, recuou 4,5%. A avaliação da economista da FGV é de que os consumidores, principalmente os do grupo de mais baixa renda, estão com os orçamentos comprometidos por dívidas passadas e não pela compra de bens duráveis. Por isso, apesar de informar que as suas finanças não andam bem, as famílias planejam adquirir eletrodomésticos, eletrônicos e móveis. "Pode ser que esteja havendo um redirecionamento da renda, que antes estava sendo usada para pagar dívidas. O consumidor está disposto a comprar duráveis e a poupar", ressaltou.
O indicador relativo à intenção de compra de duráveis subiu 5,5% em dezembro e, especificamente entre as famílias com renda mensal de até R$ 2,1 mil, avançou 10,3%. Viviane destaca, contudo, que a alta deste mês não foi suficiente para compensar perdas passadas. De setembro a novembro, o indicador de intenção de compra de duráveis relativo a este mesmo grupo acumulou queda de 13,0%. "É um resultado muito pontual. Temos de avaliar se a intenção de compra de duráveis irá permanecer. Tem a questão da demanda reprimida, que pode ser influenciada pela redução do IPI", disse Viviane. Já para os consumidores com renda superior a R$ 9,6 mil, a intenção de compra caiu 1,1% em dezembro.