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Sem acordo, grevistas e sindicato seguem em impasse

Paralisação das atividades pelos cerca de 300 trabalhadores podem atrasar rumo das obras em até um ano, diz Sintepav

18:51 | 19/11/2012
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Reunidos na manhã desta segunda-feira, 19, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (7ª Região), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Tarraplenagem em Geral no Estado do Ceará (Sintepav) e Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon) discutiram alternativas à greve mantida por cerca de 300 trabalhadores da Siderúrgica do Pecém. Os profissionais seguem sem trabalhar desde o dia nove de novembro. O caso agora segue para decisão judicial e novo encontro será marcado nesta semana.

De acordo com Raimundo Nonato, presidente do Sintepav, como as duas instituições não chegaram a um acordo, decidiu-se pelo prazo de cinco dias para avaliação do cumprimento do acordo coletivo. O documento estabelece os valores do piso salarial e benefícios a serem pagos aos trabalhadores.

 

Raimundo Nonato argumenta que o valor do salário pago pela empresa CMM às categorias profissionais não estaria sendo o mesmo acordado entre o sindicato. Ele afirma que para algumas funções como a de servente, o salário estabelecido no acordo seria de R$ 699,60. Entretanto, o valor pago atualmente estaria sendo de R$ 630,00.

 

“O valor da cesta básica fixado no acordo foi de R$ 200,00. Mas a empresa paga apenas R$ 50”, reclama o sindicalista.

Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira, 19, o Sinduscon esclarece que pelo fato de a obra executada pela CMM enquadrar-se na definição de construção leve, os seus trabalhadores estariam sendo regidos pela Convenção Coletiva 2012 da categoria da construção civil. Logo, os salários estariam condizentes com o valor proposto no documento. Hoje, de acordo com a convenção coletiva, o salário do servente estaria na faixa de R$ 639,00.

Para Nonato, a paralisação dos trabalhadores da CMM iniciada há 11 dias, pode atrasar as obras da siderúrgica em até um ano. A previsão é de que o projeto comece a operar em 2015. “Por isso estaremos fiscalizando as áreas de trabalho no Pecém diariamente, através de inspeções”, afirma. O prejuízo para o setor da construção civil pode chegar a R$ 5000 mil, segundo Raimundo Nonato.

 

Em nota, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP)expõe que a paralisação das obras por trabalhadores da CMM não estaria relacionada à construção da sua usina, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e sim obras de construção auxiliares.

 

Na manhã do último dia 16, os trabalhadores da siderúrgica do Pecém bloquearam um trecho da CE-085, em São Gonçalo do Amarante, distante 61km de Fortaleza.

Redação O POVO Online

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