A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) avaliou que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre confirmou uma sensação já existente na entidade. "Embora a maioria dos analistas tenha se surpreendido, o crescimento de apenas 0,6% deu um contorno numérico à sensação que já tínhamos", afirmou Paulo Skaf, presidente da Fiesp, em nota distribuída à imprensa. A Fiesp projeta crescimento em torno de 1% para o ano de 2012.

"Neste cenário, em 2012, o crescimento da economia deverá ficar em torno de 1%. Se não forem recuperadas as condições do investimento, em 2013 teremos dificuldades para crescer mais que 3%", afirmou Skaf.

A Fiesp citou os altos custos de produção no Brasil como fatores capazes de inibir os investimentos privados. "Os exemplos são alta carga tributária, alto custo dos empréstimos, excesso de burocracia e energia elétrica das mais caras do mundo", listou a Fiesp, em nota. Além disso, a Fiesp destacou a "morosidade do investimento público e a falta de regulamentação para as novas concessões e Parcerias Público Privadas", como fatores que contribuem para "a redução do investimento agregado da economia pelo quinto trimestre consecutivo".