Para empresários, Copa pode impulsionar economia
"O Brasil está perto de um nível de pleno emprego. Certamente, os empresários investirão mais em treinamento da equipe existente e realocação. Além disso, haverá muito mais contratações temporárias", diz Paulo Sergio Dortas, da Grant Thornton Brasil. Os executivos consultados apontaram que os setores que devem ser mais beneficiados são o de turismo (58% das respostas), construção civil (16%) e infraestrutura (14%). O levantamento mostra ainda que apenas 17% das empresas consultadas planejam aumentar os aportes em função do evento.
"É preciso maior contribuição da iniciativa privada nos investimentos planejados para o evento, além da imprescindível participação do Estado, garantindo os prazos para finalização das obras. Os investimentos em hotéis, restaurantes e serviços devem naturalmente ocorrer pela iniciativa privada", comentou Dortas, em nota distribuída à imprensa. "Nesse momento, ainda falta maior vigor no que se refere às obras de infraestrutura com financiamento privado e público, para garantir tanto a realização dos megaeventos como um legado sustentável", disse Dortas.
Pesquisa da Grant Thornton África do Sul sobre o impacto da Copa do Mundo de 2010, sediada no país, mostrou que a média das tarifas dos hotéis subiu 61% e a ocupação cresceu 18%. Também no país africano na época do evento, gastos com cartões aumentaram 55% e vendas no varejo, 7,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com a consultoria, ainda na África do Sul em 2010, a indústria de Alimentos e Bebidas cresceu 10,4% e o mercado de cerveja aumentou 12%. Vendas em bares cresceram 20,5%.