Metalúrgicos da GM aprovam plano para evitar demissões
Dos 1,6 mil funcionários da linha de montagem, 824 tiveram os contratos de trabalho suspensos até 26 de janeiro, após o fim da produção dos modelos Meriva e Zafira, e o restante continua na produção do Classic até fevereiro. "O que nos deixa preocupados é a declaração do Jaime Ardila de que não tem plano para a unidade, justamente no meio de um processo de negociação. É uma declaração infeliz, como se fossem certos o fechamento da unidade e as demissões da empresa", disse Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
O sindicato defende que a GM mantenha a produção do Classic na unidade, que não a transfira para a Argentina e ainda passe a produzir outros modelos, como o Sonic, atualmente importado. "Vamos manter as manifestações e buscar uma nova reunião como o governo, com o objetivo de que a presidente Dilma (Rousseff) proíba a GM de demitir, já que a empresa é uma das mais beneficiadas pelos incentivos fiscais dados às montadoras", disse. "Além disso, a companhia é uma das maiores importadoras do País de veículos que poderiam ser produzidos aqui", completou Macapá.
Além dos funcionários da unidade de São José dos Campos, participaram das assembleias metalúrgicos da GM de outros países, como Alemanha, Argentina, Colômbia, e Espanha, os quais estiveram reunidos para um encontro em São José dos Campos. Do encontro, os metalúrgicos elaboraram uma carta com pontos prioritários que será encaminhada para a GM. Entre os temas está a defesa da união dos sindicatos, a luta contra fechamento de unidades e estabilidade no emprego, melhores condições de saúde e ainda liberdade de organização sindical.