Greve segue e sindicato alerta para abastecimento do gás
Na terça-feira, acontece o julgamento para solucionar o problema da capital, Santos e região do ABC, às 17 horas, no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) em São Paulo. A audiência de conciliação para os sindicatos terminou sem solução na última semana. Às 14h, também nesta terça-feira, sindicatos representando os trabalhadores de Paulínia, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Presidente Prudente têm audiência de conciliação no TRT da 15ª Região, em Campinas. A greve começou em localidades do interior do Estado no dia 29 de outubro e chegou à capital no último dia 05.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo (Sindminérios) de São José dos Campos e Região, Antonieta de Lima, e coordenadora da bancada de negociação do Estado nega que esteja havendo desabastecimento e reiterou que os trabalhadores estão cumprindo liminares judiciais que preveem porcentagem mínima de trabalhadores que devem continuar operando.
O Sindigás alega que "trabalhadores de minério de Paulínia e do sindicato dos rodoviários de Campinas e região" estariam descumprindo liminares judiciais que determinam mínimo de 40% da produção e escoamento do produto nas unidades das empresas localizadas no interior paulista. O advogado do Sindminérios de Paulínia, Marco Antonio Albertini, refuta a acusação: "(o mínimo do efetivo) está sendo cumprido desde o primeiro dia de greve. Hoje, cinco distribuidoras na região conseguiram engarrafar normal. Temos até mais dos 40% determinados trabalhando".
Demandas
No caso dos trabalhadores de São Paulo, Santos e região do ABC, os trabalhadores das distribuidoras reivindicaram, na audiência de conciliação, 7,39% de reajuste salarial, aumento no valor da cesta básica de R$ 280 para R$ 360 e PLR de 210%. O Sindigás oferece 6% de aumento, R$ 310 de cesta básica e PLR de 160%.
No caso dos trabalhadores do interior do Estado, a reivindicação é de reajuste de 8,5%, PLR de 220% e cesta básica de R$ 360, mas os pedidos podem ser flexibilizados durante a audiência de conciliação.