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Empresas de alto crescimento geram 5 milhões de empregos entre 2010 e 2008

Estudo aponta que nesse período foram pagos até R$ 88 bilhões e outras remunerações

15:48 | 14/11/2012
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As empresas de alto crescimento (EAC) que em 2010 chegaram ao número de 33.320 responderam por cinco milhões de pessoas ocupadas e chegaram a pagar R$ 88 bilhões em salários e outras remunerações naquele ano. Por definição, as EACs são empresas que aumentam em 20% ao ano o número de empregados por um período de três anos. Os dados constam da pesquisa Estatísticas do Empreendedorismo 2010, divulgada nesta quarta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com Cristiano Santos, gerente da pesquisa, as empresas de alto crescimento são importantes principalmente por empregar muitas pessoas e responder por significativa fatia do salário pago. Os dados levantados pela pesquisa indicam que as mais de 33 mil empresas de alto crescimento embora representassem apenas 1,6% do universo de empresas existentes, respondiam por 15% do total de salários pagos em 2010.

O IBGE ressaltou que elas respondiam por 7,9% do total de empresas com dez ou mais pessoas assalariadas existentes em 2010. “Do ponto de vista do emprego, não há dúvidas da importância das empresas de alto crescimento, que podem ser consideradas a mola mestra da economia brasileira no quesito mão de obra”, destacou Santos.

Do total de EACs constatadas em 2010, pelo menos 32.863 eram classificadas como empresas de alto crescimento orgânico, ou seja, aquelas cujo aumento do pessoal ocupado se dá por meio de contratações e não por fusões ou incorporações. O estudo aponta que em 2010, esse segmento ocupou 4,3 milhões de assalariados e pagaram R% 67 bilhões em salários e outras remunerações.

Em relação às atividades econômicas que mais criaram ocupações nas EACs orgânicas, destacaram-se: indústrias de transformação (568,8 mil); atividades administrativas e serviços complementares (553,7 mil); construção (551,0 mil); comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (420,6 mil); e transporte, armazenagem e correio (204,1 mil). A idade média das EAC orgânico, em 2010, foi de 13,6 anos.

Para Cristiano Santos, os números do setor industrial são alavancados principalmente devido à força do segmento no Brasil. De acordo com a pesquisa, somente em 2010, a indústria de transformação as EACs orgânicas criou 568,8 mil ou 21,7% do total de ocupações nesse tipo de empresa.

Cristiano afirma que a concentração de empregados no Nordeste é acentuada principalmente pelo foco que as empresas direcionam à região e pela demanda na expansão da economia da localidade. “Muitas vezes, empresas do ramo da construção sediadas no Sudeste acabam focando suas expansões nas regiões Norte e Nordeste”, afirma Cristiano.

Entre as regiões pesquisadas, registrou-se que 70% das EACs orgânicas concentram-se no Sul e Sudeste em 2010. Entre os números de empregados, o Nordeste apareceu em segundo lugar, ocupando 19,7% do pessoal, seguido pelo Sul, com 14,9%. Com informações da Agência Brasil.

Redação O POVO Online

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