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Desafio à infraestrutura é mais fontes de financiamento

11:13 | 28/11/2012
O presidente da Invepar, Gustavo Nunes da Silva Rocha, disse na manhã desta quarta-feira que a demanda futura por infraestrutura no País "é muito grande". De acordo com ele, isso se deve, principalmente, ao crescimento da classe C - que fez surgir uma demanda reprimida por serviços e projetos de infraestrutura - e pelo posicionamento do Brasil próximo das cinco maiores economias do mundo. "O crescimento vai ser muito grande em todas as áreas ligadas à infraestrutura no País", disse.

Para Rocha, um dos principais desafios do Brasil na área de infraestrutura é a diversificação dos meios de financiamento, alterando a situação atual de extrema dependência do BNDES. "Com a demanda por investimentos prevista para os próximos cinco, dez anos, o setor privado não pode depender apenas do BNDES", afirmou.

Segundo Rocha, o governo federal se empenha para criar um mercado de financiamento que vá além do BNDES. Ele citou, como exemplo, as debêntures de infraestrutura, mecanismo que o governo tenta estimular para diminuir a dependência do banco estatal.

Segundo Rocha, nos próximos cinco e seis anos os investimentos em infraestrutura no Brasil, públicos e privados, somarão cerca de R$ 200 bilhões e cita, como opções ao BNDES, iniciativas recentes positivas, como a criação do novo mercado de renda fixa e as debêntures de infraestrutura. "Esses são papéis de médio e longo prazo que têm características que se adequam aos investimentos de infraestrutura", afirmou.

Rocha também defendeu prazos mais longos entre a divulgação dos editais e a realização dos leilões. No caso das ferrovias, por exemplo, estão previstos em apenas um mês. "Os prazos curtos sempre trazem um grau de incerteza para o setor privado.

Quanto mais tempo para estudar (o edital), menor o risco e maior a competitividade para os leilões", disse.

O executivo participa nesta manhã do evento "Financiamento para o Desenvolvimento", da série Fóruns Estadão Brasil Competitivo, promovido pelo Grupo Estado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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