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CVM não recebeu pedido de bolsas internacionais

19:10 | 05/11/2012
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) esclareceu nesta segunda-feira que não recebeu pedido de autorização para funcionamento de outras bolsas de valores no País. Nesta segunda-feira, a Nyse Euronext, controladora da Bolsa de Valores de Nova York, a maior do mundo, anunciou no Rio parceria com a empresa norte-americana de tecnologia financeira ATG para criar uma plataforma de negociação de ativos em bolsa no Brasil.

A Bats Global Markets, terceira maior bolsa dos Estados Unidos, e a gestora de recursos Claritas já haviam manifestado interesse em abrir uma concorrente da BM&FBovespa no País. Pouco depois, a também norte-americana Direct Edge anunciou decisão semelhante.

No entanto, nenhuma das empresas formalizou pedido ao regulador do mercado de capitais nacional. "Até o presente momento, a CVM não recebeu solicitação formal de entidade administradora de mercado", afirmou a assessoria de imprensa da CVM em nota enviada à Agência Estado.

A nova empresa da Nyse Euronext e da ATG irá se chamar ATS Brasil e terá como objetivo desenvolver uma central de liquidez para o mercado brasileiro.

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, disse que independentemente de quais forem as bolsas que ingressarem no mercado brasileiro, elas devem ser competidoras globais. "Porque estes mercados perderam as fronteiras, podemos dizer assim. Se um banco opera aqui, ele pode operar seus ativos no exterior. Por isso, uma empresa que lança ações e títulos aqui poderá lançar ações ou títulos no exterior", explicou. Segundo ele, é interesse do governo brasileiro que as empresas que operam no País possam competir de igual para igual com as estrangeiras

Ele afirmou ainda que o BC avalia se as empresas que estão entrando no Brasil têm todas as ferramentas de gestão de risco. "Feito isso, tem a nossa autorização para funcionar", disse. Perguntado se no futuro a BM&FBovespa poderá prestar serviços como o de custódia às empresas que estão entrando no Brasil, o diretor de política monetária do BC esclareceu que isso se deve a uma decisão empresarial e que não cabe o BC comentar o tema. "Não cabe ao BC opinar sobre estratégias empresariais e comerciais", esquivou-se. "Para o BC, em qualquer setor, competição é sempre muito bom", afirmou.

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