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Bundesbank: mais ajuda à Grécia não é tarefa do BCE

11:40 | 19/11/2012
O Bundesbank, o banco central da Alemanha, informou em seu relatório mensal que fornecer mais assistência para a Grécia não é tarefa do Banco Central Europeu (BCE). Conhecido por ter uma posição cética com relação às políticas do BCE, que diz ser acomodatícias demais, o Bundesbank expressou um apoio implícito ao presidente da instituição, Mario Draghi, que no começo deste mês disse que o BCE já fez tudo que podia para ajudar a Grécia.

O banco central alemão repetiu que tem críticas à disposição do BCE de comprar bônus de países debilitados da zona do euro no mercado secundário diante de condições rígidas, especialmente quando isso resulta em a política monetária ser usada para resolver os problemas que os governos têm em conseguir empréstimos no mercado aberto.

"Diante desse cenário, é essencial manter uma separação cuidadosa entre política fiscal e política monetária", afirmou o Bundesbank. A instituição também disse que é preciso evitar a aparência de que a política monetária está sendo explorada para servir interesses da política fiscal. "Por isso é claramente a responsabilidade da política fiscal decidir sobre uma ajuda adicional à Grécia, bem como assumir o financiamento e os riscos associados com isso", argumenta o banco central no relatório.

A política fiscal da Alemanha também foi criticada pelo Bundesbank, que afirmou que o governo deixou a receita fiscal acima do previsto desacelerar seus esforços para consolidar as finanças do país. "As surpresas positivas na coleta de impostos e pagamentos de juros foram de certa forma usadas como motivo para suavizar o ritmo de consolidação moderado esperado originalmente", disse o banco central.

Sobre a economia alemã, o Bundesbank afirmou que os eventos na maior economia da Europa atualmente estão "marcados por um cenário geral misto que provavelmente vai piorar conforme o ano chega ao fim". O banco central também disse que os pedidos por uma política fiscal mais expansiva na Alemanha não são justificados, pois não é provado que injeções de recursos na economia alemã ajudariam os países afetados pela crise de dívida da zona do euro. As informações são da Dow Jones.

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