Vestuário pesou nos preços ao consumidor, diz FGV
No entanto, apesar da alta de preços dos vestuários, o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Salomão Quadros destacou o grupo alimentação no resultado do indicador de setembro. "O resultado dos vestuários tem motivação sazonal, por conta da chegada de uma nova estação, após um período de promoções. Foi forte neste mês, mas tende a desaparecer. Já a alta da alimentação está no meio de um processo iniciado no atacado e, por isso, tende a permanecer", argumentou Quadros.
O preço do arroz, por exemplo, subiu 6,77% em setembro, e tende a continuar avançando. "Houve uma produção baixa de arroz no início do ano e, agora, na entressafra, o preço acaba reagindo", afirmou o economista da FGV.
No atacado, o arroz acumula alta de 35,95% no ano, enquanto no varejo, o avanço foi de 16,56%, no mesmo período, o que demonstra que há espaço para novos repasses de preços para o consumidor final. O mesmo vale para as carnes, cujos preços subiram 8,98% no atacado, em setembro, e que, nos próximos meses, devem ficar mais caros também no varejo, segundo Quadros.