Seguradoras buscam ganhos em títulos privados
Entre 15% e 20% dos bilhões do setor já são destinados hoje a títulos privados como CDBs e debêntures de empresas. "A redução dos juros afeta as reservas, mas é fantástica porque tem um efeito propulsor do crescimento econômico", disse Larragoiti.
Apesar da necessidade de tomar mais risco para gerar ganhos, Larragoiti disse que não vê chance das aplicações do setor em ações superar os 5% das reservas técnicas. Atualmente esse porcentual fica entre 1% e 2% dos recursos totais.
A SulAmérica Seguros tem R$ 7 bilhões em reservas técnicas e uma alocação de recursos semelhante à média do setor. O executivo afirma que uma das alternativas em estudo pelos gestores da companhia é investir nas chamadas debêntures de infraestrutura. "Estamos olhando atentamente, mas ainda são poucos os lançamentos", disse.
Para Jayme Garfinkel, presidente da Porto Seguro, a queda dos juros vai obrigar as seguradoras a buscar mais ganhos operacionais e uma menor sinistralidade. "É uma tendência mundial. É preferível ganhar no operacional a depender do financeiro", afirmou. As reservas técnicas da Porto Seguro somam hoje R$ 5,8 bilhões. Se incluídos os valores de previdência privada o volume salta a R$ 7,3 bilhões.