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Reajuste de combustível virá, diz Graça Foster

15:37 | 16/10/2012
A presidente da Petrobras, Graça Foster, voltou a falar nesta terça-feira sobre um novo reajuste de combustíveis como uma possibilidade concreta, porém ainda sem definição de data de vigência ou de porcentuais. "O reajuste de combustíveis certamente virá, mas quando ainda não tem data", disse ela, em entrevista à saída de evento no qual foi homenageada, no Copacabana Palace.

Graça ressaltou que, além do reajuste nos produtos vendidos pela companhia, a estatal trabalha em um amplo programa de redução de custos com o objetivo de garantir maior eficiência e ao mesmo tempo aumentar as margens da empresa. "Trabalhamos para melhorar a rentabilidade", disse Graça Foster. "A discussão sobre o preço dos combustíveis é um exercício diário da Petrobras."

Indagada sobre o aumento do porcentual de etanol misturado à gasolina, outra alternativa que vem sendo estudada como forma de elevar a rentabilidade da empresa, Graça preferiu não se estender sobre o assunto. "O etanol é consequência da gasolina", resumiu, lembrando que esta é uma decisão do governo, embora tenha reafirmado que a medida poderia beneficiar a Petrobras por reduzir a necessidade de importação de gasolina.

Licitação

Segundo a presidente da Petrobras, a realização de novas rodadas de licitação de óleo e gás "é uma necessidade". Segundo ela, o grande valor das empresas petrolíferas não é o petróleo que produzem hoje, mas o petróleo que vão produzir amanhã. "É uma necessidade de todos nós (empresas que atuam no setor). Certamente, estamos precisando oxigenar nosso portfólio".

Ela defendeu que a Petrobras, o governo federal e as empresas privadas do setor petroquímico se unam para viabilizar nos próximos anos o desenvolvimento da petroquímica no Brasil.

De acordo com Graça, o crescimento nos Estados Unidos de novas tecnologias para extração de shale gas (gás de xisto, fonte não convencional) baratearam o preço do gás internacionalmente, o que está afetando a petroquímica brasileira.

"Shale gas é uma realidade nos Estados Unidos. Exerce uma força de atração muito grande sobre a petroquímica no Brasil", afirmou ela, para quem são necessárias soluções que devolvam competitividade à petroquímica nacional.

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