Reajuste de combustível virá, diz Graça Foster
Graça ressaltou que, além do reajuste nos produtos vendidos pela companhia, a estatal trabalha em um amplo programa de redução de custos com o objetivo de garantir maior eficiência e ao mesmo tempo aumentar as margens da empresa. "Trabalhamos para melhorar a rentabilidade", disse Graça Foster. "A discussão sobre o preço dos combustíveis é um exercício diário da Petrobras."
Indagada sobre o aumento do porcentual de etanol misturado à gasolina, outra alternativa que vem sendo estudada como forma de elevar a rentabilidade da empresa, Graça preferiu não se estender sobre o assunto. "O etanol é consequência da gasolina", resumiu, lembrando que esta é uma decisão do governo, embora tenha reafirmado que a medida poderia beneficiar a Petrobras por reduzir a necessidade de importação de gasolina.
Licitação
Segundo a presidente da Petrobras, a realização de novas rodadas de licitação de óleo e gás "é uma necessidade". Segundo ela, o grande valor das empresas petrolíferas não é o petróleo que produzem hoje, mas o petróleo que vão produzir amanhã. "É uma necessidade de todos nós (empresas que atuam no setor). Certamente, estamos precisando oxigenar nosso portfólio".
Ela defendeu que a Petrobras, o governo federal e as empresas privadas do setor petroquímico se unam para viabilizar nos próximos anos o desenvolvimento da petroquímica no Brasil.
De acordo com Graça, o crescimento nos Estados Unidos de novas tecnologias para extração de shale gas (gás de xisto, fonte não convencional) baratearam o preço do gás internacionalmente, o que está afetando a petroquímica brasileira.
"Shale gas é uma realidade nos Estados Unidos. Exerce uma força de atração muito grande sobre a petroquímica no Brasil", afirmou ela, para quem são necessárias soluções que devolvam competitividade à petroquímica nacional.