A plataforma eletrônica do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) visa permitir que os preços dos títulos públicos negociados sejam visualizados online, no momento em que o negócio foi fechado. A plataforma foi lançada nesta terça-feira pelo Banco Central e pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

"A partir da divulgação como negócio fechado, a ordem de compra e venda ficará desligada na plataforma", disse o chefe do Departamento de Operações do Mercado Aberto do Banco Central, João Henrique Simão. Porém, os participantes do negócio poderão registrar uma redução dessas ordens. "Mas isso será uma exceção", completou.

Atualmente, os títulos são negociados por internet ou ligações telefônicas entre as corretoras de bancos. O registro do negócio tem de ser feito no Selic, mas o lançamento da operação pode demorar algumas horas, o que dificulta aos investidores saber o preço exato do título ao longo do dia.

A plataforma permitirá o cadastramento e negociação de ordens de compra e venda de títulos públicos, das 9h às 17h. Serão negociados os títulos mais líquidos. A liquidação financeira da operação será feita no dia útil seguinte, entre as 9h30 e as 10h30.

O gerente técnico do Selic-Anbima, Francisco José Vidinha, explicou que a não liquidação financeira do negócio realizado na plataforma implica na suspensão do acesso do dealer ao módulo de negociação na proporção de 1 dia útil por negócio não liquidado.

"Se o dealer não tiver como liquidar o negócio, ele poderá arrumar o título em mercado ou, se quiser, trocar a conta de custódia usada na operação", disse Vidinha. O dealer efetivamente só será suspenso da plataforma se não resolver o problema da liquidação até as 18h30 do mesmo dia.