A série de reajustes de combustíveis praticada pela Petrobras entre junho e julho não foi suficiente para que a área de Abastecimento voltasse a registrar lucro. Diante da continuidade da política da estatal de vender combustível no mercado interno a preços menores do que os pagos pelo produto importado, a área reportou prejuízo de R$ 5,652 bilhões entre julho e setembro. No terceiro trimestre do ano passado, a área havia registrado prejuízo de R$ 3,168 bilhões.

Em contrapartida à elevação do prejuízo na comparação anualizada, o resultado do terceiro trimestre foi menos desfavorável do que o anunciado no segundo trimestre, quando o prejuízo líquido da atividade de abastecimento foi de R$ 7,030 bilhões. A queda de 19,6% nessa base comparativa é justificada pelo aumento de 7,83% na gasolina A, em vigor em junho, e dos reajustes do diesel, de 3,94%, em 25 de junho, e de 6% em 16 de julho.

No acumulado do ano, a área já soma prejuízo de R$ 17,281 bilhões e é uma das razões para o lucro líquido da Petrobras em 2012 (R$ 13,435 bilhões) ser 52% menor do que o apurado nos nove primeiros meses de 2011 (R$ 28,264 bilhões).

A companhia mantém lucro em 2012 por conta do resultado da área de Exploração e Produção (E&P), cujo lucro somou R$ 10,808 bilhões no terceiro trimestre, alta de 4,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. No ano, o lucro da área alcança R$ 33,925 bilhões, alta de 12,1% em relação aos nove primeiros meses de 2011.

A área de Gás e Energia apresentou queda de 74,7% do lucro no terceiro trimestre, na comparação anual, para R$ 345 milhões. Em Biocombustível, a Petrobras reportou prejuízo de R$ 44 milhões, ante prejuízo de R$ 68 milhões no terceiro trimestre do ano passado. A área de Distribuição totalizou lucro de R$ 413 milhões, ante lucro de R$ 299 milhões no terceiro trimestre de 2011. Na área Internacional, o lucro alcançou R$ 902 milhões, contra R$ 217 milhões do terceiro trimestre do ano passado.