PUBLICIDADE
Notícias

Petrobras quer reajuste da gasolina e do diesel depois das eleições

Estatal deseja reajuste para logo depois das eleições, enquanto equipe de Dilma pretende adiar a alta para o próximo ano

08:15 | 16/10/2012
NULL
NULL
Logo depois das eleições os preços da gasolina e do diesel podem aumentar se o Governo ceder às pressões da Petrobras. A estatal garante que a defasagem nas tabelas das refinarias brasileiras em relação aos preços praticados no exterior chega a 20% na gasolina e 38% no diesel.

O Governo Federal, por sua vez, pretende adiar o reajuste apenas para janeiro do próximo ano para não pressionar ainda mais a inflação. Se aplicado o aumento de 10% para gasolina e diesel, percentual projetado pelo mercado, o impacto na inflação seria de pelo menos 0,3 pontos percentuais. Na avaliação de especialistas, não há espaço para reajuste logo depois do segundo turno das eleições, apesar do apelo da Petrobras.

Com projetos previstos que chegam a US$ 236,5 bilhões até 2016, a Petrobras já avisou ao governo que começará a cortar investimentos bilionários se não houver reajuste de combustíveis até o final do ano. A justificativa é de que não é mais possível suportar os prejuízos de comprar combustível no Exterior e revender internamente a preços mais baixos.

A conta, no entanto, não é apenas matemática. Na política de reajuste, o governo federal leva em conta uma meta tão ou mais importante: não estourar o teto da inflação em 2012, de 6,5%.

Segundo o assessor de Economia do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Ceará (Sindipostos), Antônio José Costa, a necessidade da Petrobras é real, mas o governo tem uma politica anti-inflacionária. “O reajuste deve ser apenas no próximo ano porque o Governo não quer perturbar a política inflacionária”, destacou. A expectativa, segundo ele, é de que o reajuste seja inferior ao esperado pela estatal.

Previsão de reajuste

No plano de negócios da Petrobras, aprovado em junho, existe previsão de reajuste de 15% para diesel e gasolina. É uma condição para financiar investimentos previstos para os próximos quatro anos. Desde então, o governo federal, controlador da companhia, autorizou dois aumentos, mas abaixo do exigido pela estatal, que teve prejuízo de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre.

Para impedir o repasse do reajuste ao consumidor, o governo zerou a alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina. Sem ter mais nada para cortar nesse tributo, a partir de agora qualquer aumento na refinaria se refletirá nas bombas. Com informações do jornal Zero Hora.

Redação O POVO Online

TAGS