Material de construção deve vender 3,5% mais em 2012
"Acreditamos que há um crescimento represado. O que não aconteceu na última semana de setembro deve acontecer em outubro", afirmou Conz, referindo-se à greve bancária ocorrida no fim do mês passado, que atrapalhou a concessão de crédito para compra de materiais de construção. Por causa da greve, as vendas de materiais no varejo caíram 2,5% em relação a agosto, além de acumular queda de 2,5% ao longo de 2012, segundo informou a Anamaco.
"Temos de ir muito bem em outubro e novembro para poder chegar à projeção de 3,5%. Temos de crescer acima de 7% no trimestre para conseguir", disse. "Mas agora não é previsão, é torcida", afirmou.
Conz atribuiu a expectativa positiva à melhora na oferta de crédito nos últimos meses, por meio de linhas de financiamento com taxas e prazos mais atrativos ofertadas no mercado. "Esses fatores permitem a torcida por um resultado mais positivo até o fim do ano", disse.
Mesmo com boas expectativas, Conz pondera que o setor pode enfrentar um novo tropeço em outubro caso os consumidores de materiais de construção troquem a reforma ou a ampliação de suas casas pela compra de um carro novo, já que no fim deste mês acaba a prorrogação do IPI reduzido para veículos. "Muita gente depende do IPI reduzido para comprar carro. Então, pode ser que ocorra um desvio de consumo (para o setor de veículos)", avaliou.