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EPE acredita que apagões têm causas diferentes

10:45 | 29/10/2012
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) não acredita que a falta de investimentos no setor elétrico esteja por trás dos últimos apagões no País. Segundo o diretor de Estudos Econômicos e Energéticos da EPE, Amilcar Guerreiro, não há um padrão nas falhas ocorridas.

"Eu não acho que seja falta de investimento não. Cada uma dessas ocorrências teve motivação diferente. Você não pode nem dizer que teve um padrão, que aí poderia dizer que foi falta de investimento", declarou Guerreiro, antes de participar de um evento sobre energia na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

O diretor da EPE afirmou que não há risco de desabastecimento e que as chances de um novo apagão são muito pequenas. "Não vai acontecer de novo", afirmou. "As falhas são até esse momento episódios independentes. Já estão sendo tomadas as providências para aumentar a segurança. No caso de Brasília, vão trabalhar ainda mais apertados. Não há desabastecimento de forma nenhuma", acrescentou ele.

Guerreiro explicou que o sistema de abastecimento é preparado para funcionar mesmo com a perda de um elemento, como um transformador ou uma linha de transmissão. No caso de Brasília, o sistema suportaria a perda de até dois elementos, o que aumenta a segurança do sistema.

De acordo com o executivo da EPE, a situação da rede de hoje não se assemelha à de 2001, quando houve falta de geração. "Agora, em alguns pontos do sistema, tem havido acidentes e por isso tem havido apagão."

Mas a energia tem sido restabelecida em um prazo até relativamente curto, o que, segundo ele, mostra a capacidade de recuperação do sistema.

A EPE tem ouvido propostas de realização de leilões regionais ou por fonte, mas afirma que a mudança de modelo é uma questão que ainda precisa ser melhor discutida.

"Várias pessoas têm proposto isso, o leilão regional e leilão por fonte. Essa é uma questão que tem que ser examinada, porque tem vantagens, assim como tem desvantagens. O leilão do jeito que está sendo feito também tem vantagens e desvantagens", contou Guerreiro. "A intervenção que se faz, a presença do Estado, pode ser maior em um caso que no outro. Então, isso precisa ser amplamente discutido", alertou.

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