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Eletrobras quer produção hidrelétrica na Amazônia

11:41 | 23/10/2012
A Eletrobras não irá abrir mão da produção hidrelétrica na Amazônia como fonte prioritária de geração de energia, afirmou o diretor de Geração da estatal, Valter Cardeal. Em palestra durante a abertura do XIV Congresso Brasileiro de Energia, a fala do executivo foi típica de um membro do governo, planejador do desenvolvimento econômico a partir da geração energia. Neste sentido, citou dois modelos de exploração dos rios da Amazônia: um que terá como prioridade a produção de riqueza e emprego na região onde são instaladas as usinas e outro que irá privilegiar a preservação do meio ambiente na geração de energia necessária ao desenvolvimento econômico.

Como exemplo de geração hidrelétrica na Amazônia, Cardeal citou a construção da usina de Belo Monte, no Rio Xingu, na área de abrangência do município de Altamira, que, em sua opinião, será diretamente beneficiado com a operação do empreendimento. "A usina é um laboratório vivo do desenvolvimento e conhecimento. Em Belo Monte, faremos o maior centro de pesquisa da América Latina em biodiversidade", afirmou.

Já o complexo de usinas que será construído no Rio Tapajós, também na região amazônica, foi mencionado pelo diretor da Eletrobras como exemplo de projeto que irá priorizar a preservação ambiental. O complexo de Tapajós prevê a instalação de usinas-plataforma, com baixo nível de alagamento da área no entorno.

Financiamento para Belo Monte

Cardeal disse ainda que o financiamento para a hidrelétrica de Belo Monte pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá sair até dezembro. O executivo negou que a liberação do financiamento esteja atrasada. "É um financiamento de grande volume. Não é fácil mesmo liberar. Mas não há atraso, faz parte do processo a demora", disse.

Ao sair da palestra, o executivo seguiu para a sede do BNDES, onde disse que trataria do financiamento. O diretor da Eletrobras afirmou que a demora não é fruto de qualquer problema de documentos ou apresentação de garantias financeiras. "O que há são muitos players", argumentou Cardeal, ressaltando que o banco exige informações de todos os acionistas da usina.

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