O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta terça-feira que o crescimento da produção industrial de 1,5% em agosto ante julho demonstra que já há um gradual aquecimento da economia. "Estamos deixando para trás a condição pior para a indústria. A indústria vem de um primeiro semestre fraco, mas está dando sinais de reação. Já há vários elementos", afirmou o ministro, ao chegar ao Ministério da Fazenda.

Mantega disse ainda que, entre os fatores que contribuíram para o resultado, estão o aumento da demanda por produtos industriais e a alta das exportações de manufaturados. Segundo ele, graças a medidas cambiais, o dólar está mais favorável para as exportações. Além disso, a desoneração da folha de pagamentos também favorece as vendas externas, já que o produto exportado é totalmente desonerado.

Em referência ao índice dos gerentes de compras (PMI), Mantega afirmou que o indicador aponta para a expectativa de crescimento da indústria no Brasil. "Portanto, deixamos para trás o período de crescimento fraco e agora o crescimento começa a acelerar e vai nesta direção até o final do ano", afirmou.

O ministro disse que um crescimento de 1,5% da produção industrial em agosto é um bom número. "É o resultado de um mês. Tem que ser multiplicado por 12 para ter o impacto anualizado. E teve também a correção do mês anterior, de 0,3% para 0,5%. Então, se não tivesse essa correção, nós teríamos um crescimento maior", justificou, em referência à revisão em alta anunciada nesta terça-feira pelo IBGE, do dado de produção industrial em julho ante junho. Mantega disse que a elevação da produção industrial em agosto, de 1,5%, é forte e vai se manter nos próximos meses.