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Bolsas europeias fecham em queda

14:41 | 12/10/2012
As bolsas europeias encerram a sexta-feira no negativo após uma semana considerada pessimista. Sem nenhuma novidade sobre o resgate da Espanha, o que está irritando os investidores, os resultados positivos de dois importantes bancos dos EUA, o JP Morgan e Wells Fargo não foram capazes de impressionar. Da mesma forma, o índice de sentimento dos EUA não conseguiu aliviar as preocupações com a desaceleração no crescimento econômico global. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,7% e fechou aos 2.469,90 pontos, terminando a semana com perda de 1,7%.

"Estamos esperando por um sinal que nos conduza para o positivo. Tivemos um ano muito bom, e estamos começando a ficar nervosos em relação ao próximo", afirmou o estrategista Morten Kongshaug, do Danske Bank, em Copenhague. "É hora de começar a se preocupar, porque tipicamente os mercados de ações estão de entre três a cinco meses antes do ciclo de negócios, e os dados não confirmam que estamos indo na direção correta", afirmou ele.

As bolsas europeias perderam força após o índice de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, ter para 83,1 na leitura preliminar de outubro, de 78,3 em setembro. Analistas ouvidos pela Dow Jones esperavam uma leitura de 78,0.

Os investidores se fixaram nos resultados do J.P. Morgan Chase & Co. e Wells Fargo & Co. Os dois bancos reportaram resultados financeiros positivos para o terceiro trimestre do ano. Além disso, a produção industrial nos 17 países que formam a zona do euro subiu pelo segundo mês consecutivo em agosto, impulsionada por uma alta no setor de bens duráveis.

A agência oficial de estatísticas da União Europeia (UE), a Eurostat, disse hoje que a produção industrial da região subiu 0,6% ante julho, mas recuou 2,9% ante agosto do ano passado. Os resultados vieram bem acima das expectativas. Economistas consultados pela Dow Jones haviam previsto quedas de 0,4% e 4,1% nas comparações mensal e anual, respectivamente.

Em julho, a produção industrial também havia avançado 0,6% ante junho, principalmente por causa de um aumento na produção de bens de capital. Em agosto, os bens de capital voltaram a subir, mas a um ritmo mais lento que a produção de bens duráveis, que avançou 3,9%.

Hoje a União Europeia recebeu atenção redobrada após ter recebido o Prêmio Nobel da Paz de 2012. O resultado foi divulgado pelo Comitê Nobel da Noruega em reconhecimento aos avanços pela paz e reconciliação dos 27 países integrantes do bloco e para reforçar a solidariedade, uma vez que o bloco continua trabalhando para conter a crise de endividamento que paira sobre a zona do euro.

O prêmio veio após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter desenhado um cenário sombrio a situação econômica da Europa no começo da semana e ter dito que vários países, incluindo a Espanha e a França, vão perder a meta para o déficit este ano.

O fundo disse que os governos europeus falharam na solução da crise de dívida, e que os bancos da região serão forçados a vender US$ 4,5 trilhões em ativos. Ontem, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, Christine Lagarde, fez uma advertência contra medidas de aperto, salientando que os países da zona do euro não devem insistir cegamente em metas apertada para o déficit orçamentário se o crescimento enfraquecer mais do que o esperado.

O índice FTSE 100 encerrou o dia em queda de 0,62%, a 5.793,32, a Bolsa de Paris fechou em queda de 0,72%, a 3.389,08, enquanto o índice IBEX-35 encerrou o dia em queda de 1,1%, em meio a volumes de negociação significativamente pequenos devido ao feriado na Espanha. As informações são da Dow Jones.

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