BC defende reforma do sistema financeiro brasileiro
Anjos afirmou que o BC monitora os riscos de expansão de financiamentos no País e as condições desse setor são favoráveis para a economia nacional. "O crédito no Brasil tem subido de forma gradual e sustentável", destacou. Ele ressaltou que a dívida bruta do País, que engloba passivos do governo, das empresas não financeiras e das famílias, equivale a 98% do PIB, um patamar "confortável", em termos internacionais, pois a zona do euro atinge 161% do PIB.
Anjos disse também que é preciso garantir a liquidez do sistema financeiro e por isso existe a necessidade da reforma também no Brasil para atender às exigências de Basileia 3.
"Tudo que fazemos é para evitar que uma instituição financeira quebre", disse Anjos, acrescentando que, no caso da falência de uma instituição, normais mais rígidas são necessárias para se evitar o risco sistêmico. O chefe do BC reforçou que o sistema financeiro no Brasil tem total robustez e que se encontra em um cenário confortável. Odilon evitou comentar sobre as intervenções recentes de vários bancos no Brasil, a mais recente delas no BVA, anunciada na sexta-feira (19).
Odilon participou na manhã desta segunda-feira do 2º Congresso Internacional de Gestão de Riscos, que é promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo. Ele substitui o diretor de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva.