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Alta em bens de capital acompanha otimismo da indústria

11:51 | 02/10/2012
A melhora no resultado da produção de bens de capital, que subiu em agosto pelo terceiro mês consecutivo, acompanha uma recuperação gradual no humor dos empresários, segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção de bens de capital subiu 0,3% em agosto ante o mês anterior, depois de ter aumentado em julho (1,1%) e em junho (1,1%).

"Bens de capital tiveram o terceiro mês de resultado positivo, o que levou a um crescimento acumulado de 2,5% em três meses. O resultado caminha pela própria perspectiva de melhora que a gente vem percebendo nas sondagens empresariais. A expectativa do empresário vem melhorando aos poucos, não só em relação ao momento presente como também para a perspectiva futura do setor industrial", disse Macedo.

Na comparação com agosto de 2011, no entanto, houve queda de 13,0% na produção de bens de capital em agosto. Segundo Macedo, a magnitude da perda se explica por uma base de comparação acentuada. Em agosto de 2011, neste mesmo tipo de comparação, a produção de bens de capital tinha subido 8,6%.

No bimestre julho-agosto, a fabricação de bens de capital recuou 11,2%, queda ligeiramente menos intensa do que a verificada no segundo trimestre (-11,8%) e no primeiro trimestre do ano (-13,3%). O destaque positivo foram os bens de capital para a agricultura (0,5%) no bimestre, embora tenha mostrado forte desaceleração. Os bens de capital para construção (-28,5%) e para transporte (-11,9%) ainda apontaram queda de dois dígitos. "Nessa queda está inserida produção de caminhões", citou o gerente do IBGE.

No entanto, o recuo que mais preocupa é o de bens de capital para a indústria (-6,9%). "Os bens de capital para o setor industrial ainda têm manutenção da queda verificada no segundo trimestre (-5,3%). É o dado mais preocupante porque é a parte mais relacionada aos investimentos, que poderia dar mais qualidade ao resultado de bens de capital. Então o resultado de bens de capital acaba não sendo tão positivo, apesar de ter registrado taxas menos negativas", avaliou Macedo.

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