Alta em bens de capital acompanha otimismo da indústria
"Bens de capital tiveram o terceiro mês de resultado positivo, o que levou a um crescimento acumulado de 2,5% em três meses. O resultado caminha pela própria perspectiva de melhora que a gente vem percebendo nas sondagens empresariais. A expectativa do empresário vem melhorando aos poucos, não só em relação ao momento presente como também para a perspectiva futura do setor industrial", disse Macedo.
Na comparação com agosto de 2011, no entanto, houve queda de 13,0% na produção de bens de capital em agosto. Segundo Macedo, a magnitude da perda se explica por uma base de comparação acentuada. Em agosto de 2011, neste mesmo tipo de comparação, a produção de bens de capital tinha subido 8,6%.
No bimestre julho-agosto, a fabricação de bens de capital recuou 11,2%, queda ligeiramente menos intensa do que a verificada no segundo trimestre (-11,8%) e no primeiro trimestre do ano (-13,3%). O destaque positivo foram os bens de capital para a agricultura (0,5%) no bimestre, embora tenha mostrado forte desaceleração. Os bens de capital para construção (-28,5%) e para transporte (-11,9%) ainda apontaram queda de dois dígitos. "Nessa queda está inserida produção de caminhões", citou o gerente do IBGE.
No entanto, o recuo que mais preocupa é o de bens de capital para a indústria (-6,9%). "Os bens de capital para o setor industrial ainda têm manutenção da queda verificada no segundo trimestre (-5,3%). É o dado mais preocupante porque é a parte mais relacionada aos investimentos, que poderia dar mais qualidade ao resultado de bens de capital. Então o resultado de bens de capital acaba não sendo tão positivo, apesar de ter registrado taxas menos negativas", avaliou Macedo.